segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
UM EXAME CRÍTICO E HISTÓRICO DA ADORAÇÃO ISLÂMICA
UM EXAME CRÍTICO E HISTÓRICO DA ADORAÇÃO ISLÂMICA
Por João Flávio Martinez
O dr. Halley nos informa que
Maomé, quando moço, visitou a Síria e entrou em contato com os cristãos daquela
região, onde se encheu de horror pela idolatria que os tais seguidores de
Cristo praticavam.
1. Parece que o profeta estava à
procura de um Deus mais singular e único. Cansado da idolatria e do paganismo
existentes em suas terras, esse conflito espiritual gerou em seu coração a
sensação heróica de querer ser o “profeta da restauração”: “Eis aqui a religião
de Deus! Quem melhor que Deus para designar uma religião? Somente a Ele
adoramos!” (Surata 2:138).
Os historiadores Knigth e Anglin
também comentam sobre o zelo do islamismo contra a idolatria: “No ano 726 d.C.,
Leão III, imperador do Oriente, assustado com o progresso dos maometanos, cujo
fim conhecido era exterminar a idolatria e afirmar a unidade de Deus, começou,
por interesse próprio, uma cruzada animada contra as adorações das imagens, e o
zelo que mostrou nessa nova empresa logo lhe criou o nome de Iconoclasta, que
significa quebrador de imagem”.
2. As imagens e a Igreja Católica
Apostólica Romana
Quando o catolicismo começou a
aderir às imagens de esculturas e aos desenhos de fatos bíblicos e de santos, a
idéia não era ir contra os ensinamentos da Palavra de Deus, mas implantar uma
didática pragmática para que o povo da Idade Média, leigo e analfabeto, pudesse
aprender mais sobre as histórias bíblicas. O difícil foi conseguir separar a
imagem da adoração idólatra, o que o catolicismo romano falhou miseravelmente
ao dar plena evasão a uma prática tão condenada pela Bíblia Sagrada.
Até mesmo os livros apócrifos
condenam tal prática. Por exemplo, no primeiro Livro de Macabeus é-nos contado
que os judeus preferiram enfrentar a morte e ir contra o decreto do rei grego
Antíoco Epifânio a terem de adorar as imagens do panteão mitológico da Grécia:
“Erigissem altares, templos e ídolos [...] a obrigarem-nos a esquecer a lei e a
transgredir as prescrições” (I Macabeus 1:47-49). Ou seja, a problemática
católica teve início com uma boa intenção: instruir os incautos usando as
imagens.
Nesse ínterim, os bárbaros
“convertidos” ao cristianismo já haviam encontrado os representantes de seus
ídolos em imagens católicas. O comércio dessas imagens e ídolos estava, desde
então, gerando enormes recursos para a Igreja. O procedimento do clero, que
vivia nas trevas da ignorância, sem se preocupar com o que realmente a Bíblia
ensinava, e toda a conjectura dos acontecimentos mostravam que a idolatria
seria a marca registrada da Igreja Romana. Em seu livro, As brumas de Avalon,
Marion Zimmer Bradley relata que a “deusa mãe”, adorada pelos Teutões e Saxões
(germanos), tinha sobrevivido à cristianização na pessoa da mãe de Deus — a
Virgem Maria. Esses povos não tiveram dificuldades em assimilar a deusa Virgem
Maria, pois viam nela a sua adorada “deusa mãe”. Por fim, só restava ao papa
decretar o que já era fato, o que aconteceu em 787 d.C., no segundo Concílio de
Nicéia, quando ele disciplinou a veneração de imagens.
Bem, você deve estar se
perguntando porque estou explicitando algo sobre o catolicismo quando a minha
intenção é falar de islamismo. É que, para nossa surpresa e concepção, o
islamismo passou e está passando por uma transformação parecida: do zelo
iconoclasta maometano ao desvio para a idolatria. Foi justamente isso que
descobri em várias leituras que fiz sobre o mundo islâmico. Sempre tive no
islamismo, devido à minha cultura ocidental, uma religião um tanto paradoxal e
composta de doutrinas bem exóticas, mas não imaginava que tivesse alguma
tendência à prática da idolatria.
Acredito que ídolos e
analfabetismo sejam uma mistura perfeita para a incubação do misticismo
popular, e como nos países muçulmanos a taxa de analfabetismo sempre foi muito
alta, é possível que o islamismo venha seguindo, já há alguns séculos, o mesmo
caminho que a Igreja Romana tomou na Idade Média. Isso não é de se admirar,
porque, como veremos, o islamismo nasceu em meio a um ambiente pagão idólatra –
a Caaba.
O Alcorão condena a idolatria?
Sim! As páginas corânicas são bem
claras em relação a esta questão. A luta contra a adoração de imagens e ídolos
parece ter sido uma das maiores empreitadas do profeta. A seguir iremos
relacionar alguns textos que condenam a prática da idolatria. Gostaríamos que o
leitor observasse que, para o islamismo, acreditar na Trindade também é pecado
de idolatria. Vejamos:
“E quando viu despontar o Sol,
exclamou: Eis aqui meu Senhor! Este é maior! Porém, quando este se pôs, disse:
Ó povo meu, não faço parte da vossa idolatria!” (Surata 6:78).
“Porém, se Deus quisesse, nunca
se teriam dado à idolatria. Não te designamos (ó Mohammad) como seu defensor,
nem como seu guardião” (Surata 6:107).
“Porventura, enviamos-lhes alguma
autoridade, que justifique a sua idolatria?” (Surata 30:35).
“Ó filho meu, não atribuas
parceiros a Deus, porque a idolatria é grave iniqüidade” (Surata 31:13).
“E permanecei tranqüilas em
vossos lares, e não façais exibições, como as da época da idolatria; observai a
oração, pagai o zakat , obedecei a Deus e ao seu mensageiro, porque Deus só
deseja afastar de vós a abominação, ó membros da Casa, bem como purificar-vos
integralmente” (Surata 33:33).
A Trindade como prática idólatra:
“São blasfemos aqueles que dizem:
‘Deus é o Messias, filho de Maria’, ainda quando o mesmo Messias disse: Ó
israelitas, adorai a Deus, que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir parceiros
a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no paraíso e sua morada será o fogo
infernal!’ Os iníquos jamais terão socorredores. São blasfemos aqueles que
dizem: ‘Deus é um da Trindade!’, portanto não existe divindade alguma além do
Deus único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo
açoitará os incrédulos entre eles” (Surata 5:72-3; grifo nosso).
A sentença para quem pratica a idolatria:
“Mas quando os meses sagrados
houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis;
capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a
oração e paguem o zakat, abri-lhes o caminho. Sabei que Deus é indulgente,
misericordiosíssimo” (Surata 9:5; grifo nosso).
Indícios de idolatria em algumas práticas islâmicas
A partir daqui, estaremos
discrimando algumas práticas de adoração islâmicas que se chocam com a teoria doutrinária
exarada no Alcorão. Construiremos esta análise fundamentando-a na concepção de
diversos pesquisadores religiosos e esperamos que as referências citadas nos
possibilitem tecer um julgamento equilibrado da tensão existente no ambiente de
adoração islâmico. Vejamos:
Maomé – um profeta vaticinado por pagãos idólatras
No livro A vida do profeta Maomé,
traduzido por Ibn Ishaq, é declarado: “Rabinos judeus, monges cristãos e
adivinhos árabes prevêem o advento de um profeta...”.
Caaba – a veneração à Pedra Negra
A Caaba é o santuário islâmico
localizado no centro da Grande Mesquita, em Meca. Lugar sagrado
dos muçulmanos, guarda a Pedra Negra, que, segundo a crença islâmica, fora dada
a Adão depois de sua expulsão do paraíso.
Por ter sido levada pelo dilúvio,
a Caaba fora reconstruída por Abraão e seu filho Ismael, que teriam embutido no
ângulo Sudeste do cubo de pedra que formava a casa de Deus a Pedra Negra,
trazida pelo anjo Gabriel. “Os muçulmanos contornavam a Caaba sete vezes,
tocando ou beijando a Pedra Negra ao passarem por ela”.
4. A peregrinação para Meca, ou
Hajj, é um dos pilares do islamismo. Essa viagem ao lugar do nascimento de
Maomé deve ser feita por todo muçulmano pelo menos uma vez na vida, desde que
dotado de condições físicas e econômicas.
Mantran comenta o seguinte sobre a Caaba:
“A partir do século V, Meca ficou
sob o domínio da tribo de Qoraysh, quando um de seus membros, Qosayy, vindo do
norte, eliminou a tribo de Khozaa e teve a habilidade para transformar Meca em
um grande centro de peregrinação, reunindo em um só santuário, a Caaba, as
principais divindades dos Árabes [...] Entre os árabes, essa Pedra Negra,
provavelmente um meteorito, era (e é) objeto de veneração [...] reunindo ali as
grandes divindades árabes, permitindo assim aos homens das caravanas
satisfazerem sua crença numa ou noutra divindade”.
5 (grifo nosso). O prêmio nobel de literatura, dr. Naipaul, corrobora nesse
sentido:
“... A peregrinação a Meca é mais
velha do que o Islã, enraizada no antigo culto tribal árabe e incorporada pelo
profeta às práticas islâmicas: a essa cultura, camada após camada de
história”.
6. O dr. Salim Almahdy também faz a
seguinte observação sobre a Caaba e a Pedra Negra:
“... Também já existia em Meca a
Pedra Negra, por causa da qual as pessoas peregrinavam para Meca. Os peregrinos
beijavam a pedra, prestando culto a Alá por meio dela”.
Todas as evidências fidedignas
mostram que esse lugar foi o centro do paganismo na Arábia, adaptado ao
islamismo pelos fiéis muçulmanos e mantido até hoje na essência de sua
doutrina, onde na prática a Pedra Negra acaba recebendo tanta veneração quanto
Alá.
Alá – mais um ídolo adorado na Caaba?
Para o historiador libanês, Albert Hourani, Alá não passava
de mais um dos deuses e ídolos do paganismo:
“O nome dado a Deus era Alá, já em uso para um dos deuses
locais (e hoje usado por judeus e cristãos de língua árabe como o nome de
Deus)”.
7. Escritores e historiadores que corroboram que Alá era mais
um deus entre o panteão pagão da Arábia:
Dr. Salim Almahdy, escritor e ex-islâmico:
“O islamismo, Alá e grande parte
do Alcorão já existiam antes de Maomé. O pai de Maomé chamava-se Abed Alá, que
significa escravo de Alá [...] A Enciclopédia do islamismo nos fala que os
árabes pré-islâmicos conheciam Alá como uma das divindades de Meca [...]
Segundo a Enciclopédia Chamber’s, ‘a comunidade onde Maomé foi criado era pagã,
com diferentes localidades que tinham os seus próprios deuses, freqüentemente
representados por pedras. Em muitos lugares havia santuários para onde eram
feitas peregrinações. Meca possuía um dos mais importantes, a Caaba, onde foi
colocada a pedra negra, há muito tempo um objeto de adoração [...] Alá era o
deus lua. Até hoje os muçulmanos usam a forma do quarto crescente sobre as suas
mesquitas. Nenhum muçulmano consegue dar uma boa explicação para isso. Na
Arábia havia uma deusa feminina que era a deusa sol e um deus masculino que era
o deus lua. Diz-se que eles se casaram e deram à luz três deusas chamadas as
filhas de Alá, cujos nomes eram Al Lat, Al Uzza e Manat. Alá, suas filhas e a
deusa sol eram conhecidos como os deuses supremos. Alá, Allat, Al Oza e Akhbar
eram alguns dos deuses pagãos...’”(www.ictus.com.br).
Rushdie, autor de Versos satânicos:
“Pensai também em Lat e Uzza, e
em Manat [filhas de Alá] Elas são os pássaros exaltados, e sua intercessão é de
fato desejada [pelos muçulmanos]”
8. Mantran:
“Os árabes do Norte tinham
crenças mais realistas: espíritos, djinns representados por árvore, pedras.
Acreditavam também em divindades, muito numerosas, mas algumas eram veneradas
pela maioria das tribos; as mais importantes entre essas divindades eram três
deusas: Manat, Ozza e al-Lat, por sua vez subordinadas a uma divindade
superior, Alá...”.
9. Mather e Nichols:
“Alá era uma divindade suprema já conhecida dos povos do
Norte da Arábia”.
10. O que Maomé realmente fez foi
substituir o paganismo politeísta por um paganismo monoteísta. Afinal, todas as
evidências comprobatórias e históricas nos apontam para o fato de que Alá era
um ídolo tribal.
Os amigos de Deus
No catolicismo romano é comum a
reza aos “santos” mortos. O católico acredita que esses cristãos, que em vida
fizeram grandes obras de piedade, possam, depois de mortos, ter acesso a Deus e
realizar intercessões espirituais em favor dos vivos que fazem preces em seus
nomes.
Estranhamente, algo parecido
acontece com os muçulmanos. Na teologia islâmica, esses santos especiais são
chamados de “amigos de Deus”. É o que nos conta o dr. Hourani:
“A idéia de um caminho de acesso
a Deus implicava que o homem não era só criatura e servo dele, mas também podia
tornar-se seu amigo (wali). Essa crença encontrava justificativa em trechos do
Alcorão: ‘Ó vós, Criador dos céus e da terra, sois meu amigo neste mundo e no
próximo’ (Surata 12:101).
“Aos poucos, foi surgindo uma
teoria de santidade (wilaya). O amigo de Deus era o único que sempre estava
perto dele, cujos pensamentos estavam sempre nele, e que havia dominado as
paixões humanas que afastavam o homem dele. A mulher, tanto quanto o homem,
podia ser santa. Sempre houvera e sempre haveria santos no mundo, para manter o
mundo no eixo.
“Com o tempo, essa idéia adquiriu
expressão formal: sempre haveria certo número de santos no mundo; quando um
morria, era sucedido por outro; e eles constituíam a hierarquia que eram os
governantes desconhecidos do mundo, tendo o qutb, o pólo sobre o qual o mundo
girava, como seu chefe [...] Os amigos de Deus intercediam junto a ele em favor
de outros, e sua intercessão tinha resultados visíveis neste mundo. Trazia
curas para a doença e a esterilidade, ou alívio nos infortúnios, e esses sinais
de graça (karamat) eram também provas da santidade do amigo de Deus.
“Veio a ser largamente aceito que
o poder sobrenatural pelo qual um santo invocava graças para este mundo podia
sobreviver à sua morte, e podia-se fazer pedidos de intercessão em seu túmulo.
As visitas aos túmulos dos santos, para tocá-los ou orar diante deles, passaram
a ser uma prática complementar de devoção, embora alguns pensadores muçulmanos
encarassem isso como uma invocação perigosa, porque interpunha um intermediário
humano entre Deus e cada crente individual. O túmulo do santo, quadrangular,
com um domo abaulado, caiado por dentro, isolado ou dentro de uma mesquita, ou
servindo de núcleo em torno do qual surgia uma zawiya, era uma feição conhecida
na paisagem rural e urbana islâmica [...] Do mesmo modo como o Islã não
rejeitou a Caaba, mas deu-lhe novo sentido, também os convertidos do Islã
trouxeram-lhe seus próprios cultos imemoriais. A idéia de que certos lugares
eram moradas de deuses ou espíritos sobre-humanos estava generalizada desde
tempos muito antigos: pedras de um tipo incomum, árvores antigas, nascentes que
brotavam espontaneamente da terra, eram encaradas como sinais visíveis da
presença de um deus ou espírito ao qual se dirigia pedidos e se faziam
oferendas, pendurando-se panos votivos ou sacrificando-se animais.
“Em todo o mundo onde o Islã se
espalhou, tais lugares se tornaram ligados aos santos muçulmanos, e com isso
adquiriram um novo significado [...] Alguns dos túmulos dos santos tinham-se
tornado centros de grandes atos litúrgicos públicos. O aniversário de um santo,
ou um dia especial ligado a ele, era comemorado com uma festa popular, durante
a qual muçulmanos do distrito em torno ou de mais longe ainda se reuniam para
tocar o túmulo, rezar diante dele e participar de vários tipos de festividades
[...] Esses santuários nacionais ou universais eram os de Mawlay Idris (m.
791), tido como fundador da cidade de Fez; Abu Midyan (c. 1126-97) em Tlemcem,
na Argélia Ocidental; Sidi Mahraz, santo padroeiro no delta egípcio, objeto de
um culto em que os estudiosos viam uma sobrevivência em nova forma do antigo
culto egípcio de Bubastis; e ‘Abd al-Qadir, que deu nome à ordem qadirita, em
Bagdá [...] Com o decorrer do tempo, o profeta e sua família passaram a ser
vistos na perspectiva da santidade. A intercessão do profeta no Juízo Final,
acreditava-se comumente, atuaria para a salvação daqueles que tinham aceito a
missão dele.
“Maomé passou a ser encarado como
um wali, além de profeta, e seu túmulo em Medina era um local de prece e
pedidos, a ser visitado por si ou como uma extensão do hadj. O aniversário do
profeta (mawlid) tornou-se uma ocasião de comemoração popular; essa prática
parece ter começado a surgir na época dos califas fatímidas, no Cairo, e estava
generalizada nos séculos XII e XIV [...] O santo, ou seus descendentes e os
guardiães de seu túmulo, podiam lucrar com sua reputação de santidade; as
oferendas dos peregrinos davam-lhe riquezas e prestígios [...] Alguns exemplos
disso foram observados nos tempos modernos: na Síria, o khidr, o misterioso
espírito identificado com São Jorge, era reverenciado em fontes e outros
lugares santificados; no Egito, coptas e muçulmanos comemoravam igualmente o
dia de santa Damiana...”.
11. Em seu livro Entre os fiéis, o
dr. Naipaul comenta a respeito da veneração que um paquistanês desenvolveu por
um desses santos:
“Disse ele: ‘Existem categorias
de fiéis. Alguns querem dinheiro, outros desejam uma boa vida no além [...] Eu
desejo encontrar Alá. Você só pode fazer isso através de um médium. Meu murshid
é o meu médium. Eu desejo amar meu murshid em meu coração. Alá está com meu
murshid. E quando meu murshid entra em meu coração, Alá está comigo [...] Só
posso conhecer Alá através do meu médium. O murshid não era o pir ou chefe da
comunidade, como eu pensei [...] era o santo cuja tumba havia visitado”.
12. A Bíblia desaprova a intercessão
dos santos católicos, dos “amigos de Deus” muçulmanos e de qualquer outra
espécie de entidade. Somente a Jesus Cristo, o Filho de Deus, a Bíblia tem
outorgado esse direito de interceder pelos homens: “Porque há um só Deus, e um
só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5).
A veneração aos imãs
“Maomé, Fátima (filha do profeta)
e os imãs eram vistos como encarnações das inteligências por meio dos quais o
Universo foi criado. Os imãs eram vistos como guias espirituais no caminho do
conhecimento de Deus: para os xiitas, vieram a ter a posição que os ‘amigos de
Deus’ tinham para os sunitas”.
13. Procissões
Algo comum no catolicismo é uma
romaria ou procissão em devoção a algum santo canonizado pela Igreja Romana. O
que poucos sabem é que no Islã os tais “amigos de Deus” também recebem a mesma
homenagem, principalmente entre os xiitas.
O dr. Naipaul, em uma de suas
viagens por países islâmicos, fez uma observação a esse respeito quando
visitava o Irã em 1979, no auge da Revolução Islâmica impetrada por Khomeini.
Revolução que, devido ao rigor religioso, punia todas as pessoas, inclusive
estrangeiras, que desrespeitassem as normas do Alcorão.
Vejamos o que ele nos informa:
“O islamismo tem seus próprios
mártires. Uma vez por ano, desfilam seus mausoléus alegóricos pelas ruas; os
homens ‘dançam’ com pesadas luas crescentes, ora balançando as luas de um
jeito, ora de outro; os tambores batiam, e às vezes havia combates rituais com
varas. As brigas de vara eram uma simulação de uma antiga batalha, mas a
procissão era de luto e comemorava a derrota naquela batalha [...] A cerimônia
— da qual participavam tanto hindus como muçulmanos — era essencialmente xiita,
e a batalha tinha a ver com a sucessão do profeta, que fora travada no Iraque,
que o homem especificamente pranteado era o neto do profeta”.
14. Quanto à procissão, a teologia
bíblica só tem uma resposta, tanto para os católicos como para estes grupos
específicos de islâmicos: “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que
escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens
de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar” (Is
45.20).
Superstições islâmicas
“Mais difundida, na verdade
praticamente universal no islamismo, era a crença em espíritos e a necessidade
de descobrir um meio de controlá-los. Os jinns eram espíritos com corpos de
vapor ou chama que apareciam aos sentidos, muitas vezes sob forma de animais, e
podiam influenciar as vidas humanas; às vezes, eram maus, ou pelo menos
travessos, e, portanto, era necessário controlá-los.
“Também podia haver seres humanos
com poderes sobre as ações e vidas de outros, ou devido a alguma característica
sobre a qual não tinham controle — o olho mau — ou pelo exercício deliberado de
certas artes, que podiam despertar forças sobrenaturais. Era um reflexo
distorcido do poder que os virtuosos, os amigos de Deus, podiam adquirir por
graça divina. Mesmo o cético (escritor islâmico) Ibn Khaldun acreditava na
existência da bruxaria, e que certos homens podiam descobrir meios de exercer
poder sobre outros, mas achava isso repreensível. Havia uma crença geral entre
os muçulmanos em que tais poderes podiam ser controlados ou contestados por
encantos e amuletos colocados em certas partes do corpo, disposições mágicas de
palavras e figuras, sortilégios ou rituais de exorcismo ou propiciação, como o
zar, um ritual de propiciação, ainda difundido no vale do Nilo”.
15. Segundo o historiador Mantran, o
próprio Maomé, quando começou a receber a revelação de Alá e do Alcorão,
acreditou estar possuído por jinns e até pensou em cometer suicídio.
16. O que percebemos com todas essas
conjecturas e colocações é que algumas vertentes do Islã, em determinadas
localidades, além de terem adotado práticas idólatras do paganismo, abraçaram
as superstições dos povos nômades da Arábia, e isso ainda permeia a religião do
profeta com toda a sua força mística.
Equilibrando os fatos
Não queremos aqui desqualificar o
Islã como mais uma religião monoteísta. Assim como não é justo classificar o
cristianismo bíblico como idólatra, também não é razoável qualificar o
islamismo alcorânico como tal. Porém, tanto o “cristianismo” expressado pelos
católicos romanos, como o “islamismo” expressado pelos muçulmanos xiitas, em
alguns pontos se desviam dos padrões sagrados exarados pelos Escritos Sagrados
que arrogam professar. Estamos apenas fazendo um exame, de maneira
generalizada, sobre pontos comuns no seio teológico da religião islâmica.
Aliás, esse é um debate e preocupação que também tem afetado e gerado certa
tensão entre os próprios pensadores islâmicos.
O que descrevemos e compilamos
nesta matéria é uma censura contra uma religião que, apesar de levantar uma
bandeira contra a idolatria e as superstições, abraça em seu rol de adeptos
fragmentados grupos que na verdade se condenam em suas próprias práticas
religiosas.
Sabemos que idolatria é adoração
ou veneração aos ídolos ou imagens, quando usada em seu sentido elementar. Mas
também pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, santo, pessoa,
instituição, ambição, etc, que tomem o lugar de Deus, ou que diminuam a honra
que lhe devemos prestar. Assim, idolatria consiste na adoração a algum falso
deus, ou a prestação de honras divinas a certas entidades. E quando o islâmico
venera a Pedra Negra, faz peregrinação a Caaba, reza ao pé do túmulo de um
“santo” (pedindo sua intercessão), está, na verdade, praticando idolatria, pois
invoca um intercessor que não é o Deus revelado na Bíblia.
A própria recitação, na qual o
indivíduo tem de declarar para se tornar muçulmano, já é comprometedora em si
mesma: “Não há outro Deus além de Alá e Maomé é o mensageiro de Alá”. Se Alá
fosse de fato o Deus bíblico, não haveria necessidade de invocar um outro nome
junto ao seu. A Bíblia diz: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do
céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At
4.12). A salvação é só para aquele que invoca o nome do único Senhor: “Porque,
se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” (Rm 10.9).
Facções islâmicas
Historicamente, o islamismo tem
sido marcado pelo surgimento de movimentos, grupos e correntes de maior ou
menor envolvimento político, de linhas fundamentalistas (conservadora) ou
moderna. Cada uma delas com uma tendência de interpretação dos conceitos
islâmicos. São eles: Os sunitas: subdividem-se em
quatro grupos principais, cada um deles com uma escola de interpretação da
sharia.
17; hanafitas, malequitas, chafeitas e hambanitas. São os seguidores da
tradição do profeta Maomé, continuada por All-Abbas, seu tio. Calcula-se que
84% dos muçulmanos sejam sunitas. Para eles, a autoridade espiritual pertence à
comunidade.
Os xiitas: também possuem sua
própria interpretação da sharia. Seu nome deriva da expressão “shi at Ali”,
partido de Ali, que foi marido de Fátima, filha de Maomé. Seus descendentes
teriam a chave para interpretar os ensinamentos do Islã.
18. Os sufistas: enfatizam a relação
pessoal com Deus e praticam rituais que incluem danças e exercícios de
respiração para atingir um estado místico. São membros praticantes do sufismo
os faquires da Índia e outras regiões da Ásia, e os dervixes; da Turquia. Vejamos algumas divergências
doutrinárias entre os sunitas e xiitas:
Sobre a intercessão entre Alá e
os seres humanos
19. Sunitas: acreditam que ninguém
pode atuar como intercessor entre Alá e os seres humanos. “Diz: a Alá pertence
exclusivamente o direito de garantir intercessão. A Ele pertence o domínio dos
céus e da terra. No fim, é para Ele que todos serão retornados” (Surata 39:44).
20. Xiitas: para os muçulmanos
xiitas, os doze imames; podem interceder entre a humanidade e Alá: “...os muçulmanos
xiitas devem conhecer seu imame de modo a serem salvos, e os imames, assim como
os profetas, claro, podem e intercedem pelos crentes perante deus na hora do
julgamento...” (Nasr 1987, 261).
Sobre o papel e a condição dos
imames dos dias atuais
21. Sunitas: para eles os imames
xiitas atuais (por exemplo, os aiatolás); são humanos sem quaisquer poderes
divinos, considerados apenas como muçulmanos virtuosos. Já os “doze imames” são
particularmente respeitados por sua relação com Ali e sua esposa Fátima, a
filha de Maomé. Os sunitas acreditam que Ali e seus dois filhos, Hassan e
Hussein, foram altamente respeitados pelos três primeiros califas e
companheiros de Maomé. Os sunitas também consideram herético imputar a seres
humanos atributos de natureza divina tais como infabilidade e conhecimento de
todos os assuntos temporais e cósmicos.
22. Xiitas: acreditam que os imames
de níveis mais altos dos dias atuais (aiatolás) recebem sua orientação e
iluminação espiritual diretamente dos “doze imames”, em contato contínuo com
seus seguidores na terra todos os dias por meio de líderes espirituais
contemporâneos. Os aiatolás, portanto, desempenham um papel mediador vital. Por
causa de seu papel espiritual, os aiatolás não podem ser designados pelos
governantes, mas apenas pelo consenso de outros aiatolás.
Notas:
1 Manual bíblico, Editora Vida
Nova, São Paulo, SP, 1991, p.679.
2 História do cristianismo, CPAD,
Rio de Janeiro, RJ, 2001, p.97.
3 P. 33.
4 Uma história dos povos árabes,
Hourani, A., Editora Cia. das Letras, São Paulo, SP, 2000, p. 161.
5 Expansão muçulmana, Editora
Pioneira, São Paulo, SP, 1977, p. 55.
6 Entre os fiéis, Editora Cia.
das Letras, São Paulo, SP, 2001, p. 145.
7 Uma história dos povos árabes,
Editora Cia. das Letras, São Paulo, SP, 2000, p. 33.
8 Editora Cia. das Letras, São
Paulo, SP, p.114.
9 Expansão muçulmana, Editora
Pioneira, São Paulo, SP, 1977, p. 52.
10 Dicionário de religiões,
crenças e ocultismo, Editora Vida, São Paulo, SP, 2000, p. 231.
11 Uma história dos povos árabes,
Editora Cia. das Letras, São Paulo, SP, 2000, p. 167-9, 197.
12 P. 196.
13 Uma história dos povos árabes,
Editora Cia. das Letras, São Paulo, SP, 2000, p. 191.
14 Entre os fiéis, Editora Cia
das Letras, São Paulo, SP, 2001, p. 21.
15 Uma história dos povos árabes,
Editora Cia. das Letras, São Paulo, SP, 2000, p. 211-2.
16 Expansão muçulmana, Editora
Pioneira, São Paulo, SP, 1977, p. 59.
17 Também grafada como Charia, é
o código de ética, que reforça as doutrinas e as práticas do Alcorão.
18 Monge muçulmano, mendicante,
que vive em rigoroso ascetismo.
19 Religiosos muçulmanos que
fizeram voto de pobreza.
20 São considerados descendentes
da família do profeta Maomé.
21 Líderes religiosos xiitas.
22 Representante de Alá, seu
porta-vos e líder do povo. Os quatro primeiros – Abu bakr, Omar, Otmã e Ali –
são designados “Califas guiados corretamente” porque não há objeção por parte
dos muçulmanos concernente às respectivas alegações que eles fizeram de ser os
sucessores de Maomé.
O Alá da Bíblia é o mesmo que O Alá do Alcorão?
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Resposta Cristã à afirmação Islâmica de que Maomé foi profetizado na Bíblia
Resposta Cristã à afirmação Islâmica de que
Maomé foi profetizado na Bíblia
O islamismo e o cristianismo são as duas religiões de maior porte no mundo atual. Ambas são as que mais se dedicam a missões. Suas crenças são semelhantes em muitos aspectos. São monoteístas, foram fundados por indivíduos específicos em contextos definidos e historicamente verificáveis, são universais, crêem na existência de anjos, no céu e no inferno, numa ressurreição futura e que Deus se manifesta ao homem por meio de uma revelação (ver matéria: Islamismo – desafio à fé cristã – Defesa da Fé no. 08 – p. 10-23).
Todavia, existem também diferenças óbvias entre elas, particularmente em relação à pessoa de Jesus, o caminho da salvação e a escritura ou escrituras de fé. Estas diferenças abrangem as doutrinas mais fundamentais de cada religião. Portanto, mesmo que ambos possam ser igualmente falsos, o islamismo e o cristianismo não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo.
Toda religião que se iniciou depois do cristianismo tenta mostrar que é compatível com a Bíblia, esforçando-se para demonstrar que a Bíblia se refere a seu fundador ou fé(1). Assim sendo, não é surpresa descobrir que os muçulmanos também afirmem que seu fundador foi profetizado no Antigo e Novo Testamentos. Embora o islamismo não seja o único a afirmar ser validado pela Bíblia, suas afirmações poderiam ser consideradas verdadeiras? Nosso objetivo é examinar as declarações islâmicas para ver se cada uma delas são confiáveis. A razão deve ser evidente por si mesma: é muito fácil fazer declarações a respeito de si mesmo, prová-las, porém, torna-se mais difícil.
ANALISANDO OS VERSÍCULOS
Há alguns versículos secundários e menos específicos que os muçulmanos declaram ser profecias relacionadas a Maomé. Entretanto, os versículos que a maioria dos muçulmanos citam como os mais explicativos são Deuteronômio 18.15-18 e João 14.16; 15.26 e 16.7.
Em Deuteronômio 18: 15-18 lemos: O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme tudo o que pediste ao Senhor, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta no meio seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
Estes versículos são tidos universalmente pelos muçulmanos como uma profecia relativa a Maomé(2). Há várias razões porque acreditam que essa passagem não pode ser uma referência a Jesus. Primeira, o Profeta Prometido deveria ser um Profeta Legislador . Jesus não apresentou nenhuma declaração referente a uma nova lei. Segunda, o Profeta Prometido seria suscitado não dentre Israel, mas dentre seus irmãos e Jesus era um israelita. Terceira, a profecia diz: ... porei as minhas palavras na sua boca...Os evangelhos não consistem nas palavras que Deus pôs na boca de Jesus, eles apenas nos contam a história de Jesus, o que ele disse em alguns de seus discursos públicos e o que os seus discípulos disseram ou fizeram em ocasiões diferentes. Quarta, o Prometido deveria ser um profeta. O ponto de vista cristão é que Jesus não era um profeta, mas o filho de Deus(3). Nesse sentido o muçulmano salientará semelhanças entre Maomé e Moisés. Cada um deles surgiu dentre idólatras. Ambos são legisladores. Inicialmente foram rejeitados pelo seu povo e tiveram de se exilar. Retornaram posteriormente para liderar suas nações. Ambos casaram e tiveram filhos. Após a morte de cada um, os seus sucessores conquistaram a Palestina.
A conclusão muçulmana é que esta profecia foi cumprida somente por Maomé: se estas palavras não se aplicam a Maomé, elas ainda permanecem sem cumprimento(4).
Antes de prosseguir, analisaremos primeiramente estes pontos. A primeira objeção levantada contra esta profecia ter sido cumprida em Jesus foi a de que Jesus não foi um legislador. Os muçulmanos que afirmam isso demonstram apenas falta de compreensão do Novo Testamento. Vejamos o Evangelho de João 13.34 e a Epístola aos Gálatas 6.2: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos ameis a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.
A próxima objeção foi que irmãos deve se referir aos ismaelitas, não aos próprios israelitas. Este argumento pode ser refutado facilmente. Basta verificar como o termo irmãos é usado na Bíblia. Um exemplo irrefutável encontra-se no próprio livro de Deuteronômio 17.15. Moisés instrui os israelitas: porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor, teu Deus, dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos. Ora, alguma vez Israel estabeleceu algum estrangeiro como rei? É claro que não! Escolher um rei dentre teus irmãos refere-se a escolher alguém de uma das doze tribos de Israel. Da mesma forma, o Profeta Prometido de quem se fala no livro de Deuteronômio 18 deveria ser um israelita.
Outra objeção à passagem de Deuteronômio 18.15-18 é que supostamente os evangelhos não consistem nas palavras que Deus deu a Jesus, dado extremamente importante à luz do versículo 18. Entretanto, dizer que Jesus não fala o que Deus Pai lhe orienta, revela, novamente, falta de conhecimento do Novo Testamento: Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito (Jo 12.49-50)(5).
Percebemos, outra vez, que os muçulmanos têm pouca familiaridade com o Novo Testamento. O próprio Jesus, profetizando sua morte iminente, disse que deveria continuar sua jornada até Jerusalém: Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém (Lc 13.33)(6).
O muçulmano salientará que as muitas semelhanças entre Moisés e Maomé ainda não foram explicadas. É verdade que existem muitas analogias, mas também muitas diferenças. Por exemplo, se Maomé era analfabeto como a maioria dos muçulmanos afirmam, então, ele não era como Moisés que foi instruído em toda a ciência dos egípcios... (At 7.22). Diz-se que Maomé recebeu suas revelações de um anjo. Moisés, porém, recebeu a Lei diretamente de Deus. Maomé não operou sinais ou milagres para corroborar o seu chamado. Moisés, entretanto, executou muitos sinais. Maomé era árabe, Moisés, israelita. Analisando os evangelhos, percebemos que Jesus era diferente de Moisés em alguns aspectos; em outros, muito parecido. Ambos eram israelitas, o que é muito importante à luz do que aprendemos acerca da expressão dentre teus irmãos. Ambos deixaram o Egito para ministrar a seu povo (Mt 2.15; Hb 11.27). Ambos renunciaram grandes riquezas, a fim de melhor se identificar com seu povo (Jo 6.15; 2 Co 8.9; Hb 11.24-26).
Dessa maneira, percebemos que tanto Jesus como Maomé tiveram semelhanças com Moisés. Em que sentido, então, este Profeta Prometido seria semelhante a Moisés? A resposta encontra-se em Deuteronômio 34.10-12, porquanto duas características peculiares de Moisés são mencionadas: E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo Israel.
Esta é uma referência direta a Deuteronômio 18.15-18. Referindo-se à profecia anterior, uma característica de Moisés é mencionada aqui: o Senhor conhecia Moisés face a face(7). Maomé nunca teve esse tipo de relacionamento com Deus. Deus é tão transcendente no islamismo que, exceto no caso de Moisés, nunca falou diretamente com o homem. Jesus, o verbo feito carne (Jo 1.14), é o único que teve relacionamento com Deus, assim como Moisés. De fato, o relacionamento de Jesus ultrapassa em muito o de Moisés: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1).
Pouco precisamos falar sobre a segunda característica de Moisés. Os muitos milagres que tanto Jesus como Moisés operaram são bem conhecidos. O próprio Alcorão testifica que Maomé não operou milagres(8), mas que Jesus operou milagres (9).
Finalmente, o próprio Jesus nos diz quem é o Profeta Prometido de Deuteronômio 18.15-18: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (Jo 5.46)(10).
EVANGELHO DE
JOÃO 14.16; 15.26; 16.7Há alguns versículos secundários e menos específicos que os muçulmanos declaram ser profecias relacionadas a Maomé. Entretanto, os versículos que a maioria dos muçulmanos citam como os mais explicativos são Deuteronômio 18.15-18 e João 14.16; 15.26 e 16.7.
Em Deuteronômio 18: 15-18 lemos: O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme tudo o que pediste ao Senhor, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta no meio seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
Estes versículos são tidos universalmente pelos muçulmanos como uma profecia relativa a Maomé(2). Há várias razões porque acreditam que essa passagem não pode ser uma referência a Jesus. Primeira, o Profeta Prometido deveria ser um Profeta Legislador . Jesus não apresentou nenhuma declaração referente a uma nova lei. Segunda, o Profeta Prometido seria suscitado não dentre Israel, mas dentre seus irmãos e Jesus era um israelita. Terceira, a profecia diz: ... porei as minhas palavras na sua boca...Os evangelhos não consistem nas palavras que Deus pôs na boca de Jesus, eles apenas nos contam a história de Jesus, o que ele disse em alguns de seus discursos públicos e o que os seus discípulos disseram ou fizeram em ocasiões diferentes. Quarta, o Prometido deveria ser um profeta. O ponto de vista cristão é que Jesus não era um profeta, mas o filho de Deus(3). Nesse sentido o muçulmano salientará semelhanças entre Maomé e Moisés. Cada um deles surgiu dentre idólatras. Ambos são legisladores. Inicialmente foram rejeitados pelo seu povo e tiveram de se exilar. Retornaram posteriormente para liderar suas nações. Ambos casaram e tiveram filhos. Após a morte de cada um, os seus sucessores conquistaram a Palestina.
A conclusão muçulmana é que esta profecia foi cumprida somente por Maomé: se estas palavras não se aplicam a Maomé, elas ainda permanecem sem cumprimento(4).
Antes de prosseguir, analisaremos primeiramente estes pontos. A primeira objeção levantada contra esta profecia ter sido cumprida em Jesus foi a de que Jesus não foi um legislador. Os muçulmanos que afirmam isso demonstram apenas falta de compreensão do Novo Testamento. Vejamos o Evangelho de João 13.34 e a Epístola aos Gálatas 6.2: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos ameis a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.
A próxima objeção foi que irmãos deve se referir aos ismaelitas, não aos próprios israelitas. Este argumento pode ser refutado facilmente. Basta verificar como o termo irmãos é usado na Bíblia. Um exemplo irrefutável encontra-se no próprio livro de Deuteronômio 17.15. Moisés instrui os israelitas: porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor, teu Deus, dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos. Ora, alguma vez Israel estabeleceu algum estrangeiro como rei? É claro que não! Escolher um rei dentre teus irmãos refere-se a escolher alguém de uma das doze tribos de Israel. Da mesma forma, o Profeta Prometido de quem se fala no livro de Deuteronômio 18 deveria ser um israelita.
Outra objeção à passagem de Deuteronômio 18.15-18 é que supostamente os evangelhos não consistem nas palavras que Deus deu a Jesus, dado extremamente importante à luz do versículo 18. Entretanto, dizer que Jesus não fala o que Deus Pai lhe orienta, revela, novamente, falta de conhecimento do Novo Testamento: Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito (Jo 12.49-50)(5).
Percebemos, outra vez, que os muçulmanos têm pouca familiaridade com o Novo Testamento. O próprio Jesus, profetizando sua morte iminente, disse que deveria continuar sua jornada até Jerusalém: Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém (Lc 13.33)(6).
O muçulmano salientará que as muitas semelhanças entre Moisés e Maomé ainda não foram explicadas. É verdade que existem muitas analogias, mas também muitas diferenças. Por exemplo, se Maomé era analfabeto como a maioria dos muçulmanos afirmam, então, ele não era como Moisés que foi instruído em toda a ciência dos egípcios... (At 7.22). Diz-se que Maomé recebeu suas revelações de um anjo. Moisés, porém, recebeu a Lei diretamente de Deus. Maomé não operou sinais ou milagres para corroborar o seu chamado. Moisés, entretanto, executou muitos sinais. Maomé era árabe, Moisés, israelita. Analisando os evangelhos, percebemos que Jesus era diferente de Moisés em alguns aspectos; em outros, muito parecido. Ambos eram israelitas, o que é muito importante à luz do que aprendemos acerca da expressão dentre teus irmãos. Ambos deixaram o Egito para ministrar a seu povo (Mt 2.15; Hb 11.27). Ambos renunciaram grandes riquezas, a fim de melhor se identificar com seu povo (Jo 6.15; 2 Co 8.9; Hb 11.24-26).
Dessa maneira, percebemos que tanto Jesus como Maomé tiveram semelhanças com Moisés. Em que sentido, então, este Profeta Prometido seria semelhante a Moisés? A resposta encontra-se em Deuteronômio 34.10-12, porquanto duas características peculiares de Moisés são mencionadas: E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo Israel.
Esta é uma referência direta a Deuteronômio 18.15-18. Referindo-se à profecia anterior, uma característica de Moisés é mencionada aqui: o Senhor conhecia Moisés face a face(7). Maomé nunca teve esse tipo de relacionamento com Deus. Deus é tão transcendente no islamismo que, exceto no caso de Moisés, nunca falou diretamente com o homem. Jesus, o verbo feito carne (Jo 1.14), é o único que teve relacionamento com Deus, assim como Moisés. De fato, o relacionamento de Jesus ultrapassa em muito o de Moisés: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1).
Pouco precisamos falar sobre a segunda característica de Moisés. Os muitos milagres que tanto Jesus como Moisés operaram são bem conhecidos. O próprio Alcorão testifica que Maomé não operou milagres(8), mas que Jesus operou milagres (9).
Finalmente, o próprio Jesus nos diz quem é o Profeta Prometido de Deuteronômio 18.15-18: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (Jo 5.46)(10).
Os muçulmanos afirmam que os versículos referentes ao Consolador vindouro (Parácletos no original grego) são, na verdade, alusões à vinda de Maomé. A razão para tal afirmação está contida no Alcorão, o qual diz que seria enviado um apóstolo depois de Jesus, cujo nome será Ahmad (Alcorão 61.6). Yusuf Ali faz o seguinte comentário sobre este versículo: Ahmad ou Muhammad o Louvado é quase uma tradução da palavra grega Periclytos. No atual evangelho de João, XVI. 16 XV. 26 e XVI.
Ao examinar a afirmação muçulmana de que o texto foi corrompido, a crítica textual deveria analisar criteriosamente a verdadeira evidência textual. Há mais de 24 mil manuscritos do Novo Testamento que datam antes de 350 d.C.(12). Não existe manuscrito algum que contenha essa citação e apareça a palavra periclytos. A palavra registrada todas as vezes é Parácletos. Não há evidência textual que possa apoiar a alegação de que o texto tenha sido corrompido. A posição muçulmana encontra ainda maiores dificuldades quando lemos cuidadosamente estes versículos para vermos o que Jesus estava dizendo. Poderíamos dizer muitas coisas a respeito de cada versículo. Limitaremos nosso exame às discrepâncias óbvias entre a posição islâmica e o que realmente está sendo dito: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador(13), para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). Jesus disse que o Pai vos dará outro Consolador. A quem Jesus estava se dirigindo nesses versículos? Aos árabes ou, mais especificamente, aos ismaelitas? É claro que não. Ele está falando aos crentes judeus. Por conseguinte, o Consolador deveria ser enviado inicialmente a eles, não podendo logicamente referir-se a Maomé. Além do mais, este versículo afirma que o Parácletos, o Consolador estaria convosco para sempre. Como pode, então, referir-se a Maomé? O profeta muçulmano morreu e foi enterrado há mais de 1.300 anos.
O evangelho de João diz: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós (Jo 14.17). Aqui, o Espírito da verdade é um outro título ou sinônimo de Parácleto. Vemos, a partir deste versículo, que o Parácleto estaria
A declaração do Senhor Jesus no Evangelho de João 14.26 desmonta
completamente a hipótese islâmica de que Maomé era verdadeiramente aquele
profetizado nos versículos, pois eles se referem ao Consoladorou Parácleto: Mas aquele Consolador, o Espírito
Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Jesus disse que o Consolador é o Espírito
Santo. Esta é a razão pela qual todos os apologistas muçulmanos não citam
esse versículo .
O Consolador foi dado aos discípulos de Jesus. Maomé não foi seu discípulo. Jesus disse que os seus discípulos conheciam o Consolador: ...vós o conheceis (Jo 14.17) Eles não conheciam Maomé, que nasceu no século sexto depois de Cristo. Jesus disse que o Consolador seria enviado em nome de Jesus. Nenhum muçulmano crê que Maomé tenha sido enviado em nome de Jesus. Jesus disse que o Consolador não falaria de si mesmo (Jo 16.31). Em contrapartida, Maomé constantemente testifica de si mesmo no Alcorão(14). A Bíblia diz claramente que o Consolador iria glorificar a Jesus (Jo 16.14), e Maomé declara substituir Jesus, estando na condição de profeta superior.
O Senhor Jesus em Atos 1.4-5, ordenou a seus discípulos: ...que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Estes versículos poderiam honestamente ser aplicados a Maomé, que surgiu 570 anos depois, em Meca na Árabia? À luz do texto bíblico, a interpretação islâmica é impossível. O cumprimento das palavras do Senhor Jesus ocorreu dez dias depois, no dia de Pentecostes (Atos 2.1-4) e não seis séculos depois, a centenas de milhas de Jerusalém.
Concluímos, portanto, que não há base bíblica alguma para afirmar que o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 e o Consolador em Jo 14.16; 15.26 e 16.7 sejam profecias relacionadas ao fundador do islamismo, mas, como a própria Bíblia Sagrada declara, o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 é o Senhor Jesus (Jo 5.46) e o Consolador (Jo 14.16; 15.26 e 16.7) é a pessoa Bendita do Espírito Santo (Jo 14.26).
O Consolador foi dado aos discípulos de Jesus. Maomé não foi seu discípulo. Jesus disse que os seus discípulos conheciam o Consolador: ...vós o conheceis (Jo 14.17) Eles não conheciam Maomé, que nasceu no século sexto depois de Cristo. Jesus disse que o Consolador seria enviado em nome de Jesus. Nenhum muçulmano crê que Maomé tenha sido enviado em nome de Jesus. Jesus disse que o Consolador não falaria de si mesmo (Jo 16.31). Em contrapartida, Maomé constantemente testifica de si mesmo no Alcorão(14). A Bíblia diz claramente que o Consolador iria glorificar a Jesus (Jo 16.14), e Maomé declara substituir Jesus, estando na condição de profeta superior.
O Senhor Jesus em Atos 1.4-5, ordenou a seus discípulos: ...que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Estes versículos poderiam honestamente ser aplicados a Maomé, que surgiu 570 anos depois, em Meca na Árabia? À luz do texto bíblico, a interpretação islâmica é impossível. O cumprimento das palavras do Senhor Jesus ocorreu dez dias depois, no dia de Pentecostes (Atos 2.1-4) e não seis séculos depois, a centenas de milhas de Jerusalém.
Concluímos, portanto, que não há base bíblica alguma para afirmar que o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 e o Consolador em Jo 14.16; 15.26 e 16.7 sejam profecias relacionadas ao fundador do islamismo, mas, como a própria Bíblia Sagrada declara, o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 é o Senhor Jesus (Jo 5.46) e o Consolador (Jo 14.16; 15.26 e 16.7) é a pessoa Bendita do Espírito Santo (Jo 14.26).
Notas
1 Por exemplo, Mani, no terceiro século, afirmou ser o Parácleto ou o Consolador de quem Jesus falou em Jo 14.16. Os Baha'is, que se originaram do próprio islamismo, acreditavam do mesmo modo que seu fundador Baha'u'llah fora predito na Bíblia. Os mórmons crêem que Ezequiel profetizou a vinda de uma de suas escrituras: O Livro de Mórmon.
2 Eles acreditam que o Alcorão refere-se a isso na surata 7.157.
3 Hazrat Mirza Bashir-Ud-Din Mahmud Ahmad, Introduction to the Study of the Holy Quran (London: The London mosque, 1949), pp 84-94. Também cf. Ulfat Aziz-Us-Samad, Islam and Christianity (Karachi, Pakistan: Begum Aisha Bauany Wakf, 1974), p. 96.
4 'Abdu 'L-Ahad Dauud, Muhammad in the Bible (Kuala Lumpur: Pustaka Antara, 1979).
5 também cf. Jo 7.16; 8.28
6 Também cf. Mt 13.57; 21.11; Lc 7.16; Jo 4.19; 6.14; 7.40; 9.17.
7 Ver. Ex. 33.11
8 Ver. Alcorão 1.59; 1.90-93; 6.37; 6.109.
9 Ver. Alcorão 5.110.
10 Ainda cf. Lc 24.27.
11 Abdullah Yusuf Ali, op. cit., p. 1540 (Também cf. p. 144).
12 A cópia mais antiga do Evangelho de João é o Papiro 75, datado entre 175-225 D.C. A palavra ali encontrada é Parácletos e não pariclytos, como querem os muçulmanos.
13 A palavra grega Parácletos pode ser traduzida por Confortador, Conselheiro, Advogado ou Ajudante.
14 Ver. Alcorão 33.40.
1 Por exemplo, Mani, no terceiro século, afirmou ser o Parácleto ou o Consolador de quem Jesus falou em Jo 14.16. Os Baha'is, que se originaram do próprio islamismo, acreditavam do mesmo modo que seu fundador Baha'u'llah fora predito na Bíblia. Os mórmons crêem que Ezequiel profetizou a vinda de uma de suas escrituras: O Livro de Mórmon.
2 Eles acreditam que o Alcorão refere-se a isso na surata 7.157.
3 Hazrat Mirza Bashir-Ud-Din Mahmud Ahmad, Introduction to the Study of the Holy Quran (London: The London mosque, 1949), pp 84-94. Também cf. Ulfat Aziz-Us-Samad, Islam and Christianity (Karachi, Pakistan: Begum Aisha Bauany Wakf, 1974), p. 96.
4 'Abdu 'L-Ahad Dauud, Muhammad in the Bible (Kuala Lumpur: Pustaka Antara, 1979).
5 também cf. Jo 7.16; 8.28
6 Também cf. Mt 13.57; 21.11; Lc 7.16; Jo 4.19; 6.14; 7.40; 9.17.
7 Ver. Ex. 33.11
8 Ver. Alcorão 1.59; 1.90-93; 6.37; 6.109.
9 Ver. Alcorão 5.110.
10 Ainda cf. Lc 24.27.
11 Abdullah Yusuf Ali, op. cit., p. 1540 (Também cf. p. 144).
12 A cópia mais antiga do Evangelho de João é o Papiro 75, datado entre 175-225 D.C. A palavra ali encontrada é Parácletos e não pariclytos, como querem os muçulmanos.
13 A palavra grega Parácletos pode ser traduzida por Confortador, Conselheiro, Advogado ou Ajudante.
14 Ver. Alcorão 33.40.
Fonte: Revista
Defesa da Fé
Defesa da fé - Reposta cristã aos muçulmanos
MOTIVOS PARA O TERRORISMO NO FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO
Answering Islam
Desde o dia 11 de setembro, quando ocorreu o maior ataque terrorista da historia as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, nunca se viu uma tentativa tão insistente por parte da liderança islâmica em mostrar ao mundo que a sua religião não patrocina o terror e muito menos defende o uso da violência contra os não-muçulmanos. Através dos meios de comunicação, os muçulmanos afirmam que ações de como a que ocorrreu nos Estados Unidos não fazem parte da visão islâmica de conversão dos ‘infieis’ e não são modelo de oposição aos que não apóiam o islã no mundo.
É verdade que muitos muçulmanos não compartilham desta visão de Jihad1, principalmente os mais intelectuais e transculturados, como é o caso do moderado Mohammad Kathami, primeiro- ministro do Irã, que conduz, mesmo sob forte oposição dos religiosos, uma reforma social nunca vista desde a revolução fundamentalista do Aiatolá Komeini.
Mas, por outro lado, toma-se dificílimo ver o islamismo com bons olhos. Isto porque a responsabilidade de aproximadamente 50% dos atentados terroristas em todos os cinco continentes do mundo, com milhares de vítimas, é de grupos islâmicos fundamentalistas, que reivindicam a autoria dos crimes. E contam com o apoio dos governos dos Estados islâmicos, como Argélia, Iraque, Irã, Arábia Saudita, Afeganistão, Indonésia, Líbia e Mauritânia, entre outros.
E mais. Os atos terroristas que apavoram o mundo é visto pela grande maioria da população dos países islâmicos não como uma ação criminosa hedionda, mas como uma defesa, um ato altruísta, e os suicidas envolvidos nestas ações passam a ser mártires, jamais assassinos. Quando se viu nos noticiários o julgamento e a condenação desses radicais e seguidores. Ou, quando se viu uma campanha oficial desses países para conter os movimentos radicais?
O fato de que quase a metade, aproximadamente, dos atentados terroristas em todo o mundo ser de origem ideológica muçulmana nos leva a algumas perguntas: Há alguma ligação entre o terrorismo e o islã? Há algum apoio direto ou indireto para este tipo de ação? Por que tanto ódio contra países cristãos e a cristãos residentes nessas nações? Por que as nações árabes mais fundamentalistas são responsáveis pelas maiores agressões aos direitos humanos? Seria isto apenas uma coincidência?
É preciso conhecer a história do islamismo e a sua doutrina para que estas perguntas sejam respondidas apropriadamente. Ainda que apenas algumas delas, pois jamais haverá respostas para todas. Cremos, no entanto, que, com algumas 'evidências' encontradas na história de Maomé (Mohammad) e no próprio Alcorão, um feixe de luz é lançado nestas questões.
Maomé e os conflitos que envolvem sua história
Durante o período em que Maomé falou acerca da sua nova religião, considerando-se um profeta, ele foi duramente perseguido e odiado por muitos de Meca (cidade onde nasceu em 25 de abril de 571 da era cristã), pois a sua mensagem era oposta às religiões politeístas do povo daquela região e época.
Houve uma grande perseguição contra o 'profeta’ inclusive um grupo tentou tirar-lhe a vida, mas ele mais uma vez conseguiu escapar2. Após dura perseguição em Meca, alguns dos seus seguidores foram enviados para refúgio na Etiópia. Outros seguiram para uma cidade mais ao norte, Yathiib, onde as pessoas de duas tribos árabes queriam que Maomé fosse também o profeta deles.
Durante o período em que Maomé viveu em Meca, antes da fuga para Medina, ele não recebeu nenhuma mensagem de ‘Allah’ permitindo a guerra. E, apesar do risco de vida e da vigilância constante dos primeiros muçulmanos para guardá-lo, inclusive sob vigilância armada, a ordem de Deus em Meca foi para que ele fosse paciente e não usasse de violência para com os seus opositores.
Mas logo após, segundo os muçulmanos, a guerra foi sancionada por ‘Allah’ em MNedina, havendo debate entre os próprios muçulmanos sobre qual capítulo do Alcorão realmente retratava esta primeira ordem divina para o uso da forca3.
Algo curioso que pode ser percebido claramente nos relatos da vida de Maomé, e que demonstra que ele era um estrategista, é que, apesar da violência constante dos habitantes de Meca contra ele e seus seguidores por um período de aproximadamente 13 anos, não vemos nenhuma ação de Maomé contra seus inimigos, a não ser quando chegou em Medina, onde possuía mais seguidores dispostos a segui-lo na guerra. E foi justamente isso que fizeram, por volta do ano 630 AD. Ele retorna a Meca e, numa luta armada, toma a forca a cidade do poder Coreishe.
Apesar de ouvirmos muçulmanos constantemente afirmarem que só agem em defesa própria, a historia do ‘profeta’ demonstra que não é bem assim. Maomé revidou os agressores quando possuiu um número suficiente de guerreiros.
Um caso bastante conhecido pelos próprios muçulmanos é a morte de Abu Afak, um judeu de 120 anos que tinha criticado abertamente Maomé. Após sentir a forma resistente que Abu Afak se lhe opunha, Maomé perguntou: "Quem tratará com este desonesto por mim? Imediatamente Salim B. Umayr seguiu em frente e matou-o".4
Abu Afak, pela sua atitude crítica, teve um fim trágico, sendo assassinado por Salim lbn Umayr, um dos seguidores de Maomé, enquanto dormia, e isso com o consentimento do próprio profeta.5
Outros casos como a morte de Abu Afak e de uma mulher chamada Asma D. Marwan, assassinada por Umayr Adiy AI-Khatrrú, entre outros, estão registrados por Abdullah lbn Abbas em seu livro "The Hadith of ABU Dawud Book 38, nº 4348".
Histórias ainda mais terríveis continuam sendo escritas por radicais muçulmanos de grupos como o Al Quaed, de Osama bin Laden, oabu Nidhal (grupo extremista palestino fundado em 1974 por Sabri AI Banna Ramas), o Hezbollah (movimento radical libanês que emergiu nos anos oitenta e cuja açao se baseia na doutrina do Aiatolá Khomeini, visando destruir a influência ocidental no mundo islâmico) e o Jihad Islamica (grupo fundamentalista egípcio que visa derrubar o regime de Hosni Mubarak e criar, em sua substituição, um Estado Islâmico).
Como é possível uma religião que diz hastear a bandeira de paz e da boa convivência com os não-islâmicos perseguir e maltratar milhares de pessoa sem todo o mundo? Não há um paralelo entre o comportamento dos atuais muçulmanos e a historia do fundador do islamismo?
Qual foi a atitude de Jesus Cristo diante de seus inimigos? "Como uma ovelha muda, foi conduzido diante dos seus agressores” (Is 53.7). Como o Senhor reagiu a atitude de Pedro quando este agrediu Malco, servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha com um golpe de espada (Lc 22.50)?
O aumento de agressividade registrado no alcorão
No Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, encontram-se as seguintes declarações:
“Combatei-os ateh sufocar a intriga e fazer com que o culto seja totalmente a Deus...” (Surata 8:39)
“Mas qudndo os meses sagrados houverem transcorrido, matai-os idolatras onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os, espreitai-os; porem, caos se arrependam, observem a oração e paguem o tributo, deixai-os em paz. Sabei que Deus eh indulgente, misericordiosíssimo” (Surata 9:5 – grifo nosso).
“O crentes, em verdade os idolatras são imundos. Que depois deste ano não se aproximem da Sagrada Mesquita!... (Surata 9:28).
“Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem se abstém do que Deus e Seu Apostolo proibiram, não professam a verdadeira religião daqueles que receberam o livro, até que eles, submissos, paguem o tributo” (Surata 9:29).
“O crentes, que vos sucedeu quando foi-vos dito para partirdes ao combate pela causa de eus e vos ficastes apegados a terra?... Se não marchardes para o combate, Ele vos castigará severamente...” (Surata 9:38,39).
"Quer estejais leve ou fortemente armados, marchai para o combate e sacrificai vossos bens e pessos pela causa de Deus!..." (Surata 9:41).
E quando vos enfrentardes com os incrédulos, em batalha, combatei-os até que os tenhais dominado, tomai os sobreviventes como prisioneiros... quanto àqueles que houverem sido mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá suas obras" (Surata 47:4).
O que dizer de textos como esses? Qual a interpretação pacifista que poderia ser aplicada a sentenças tão severas e explícitas como essas? É certo que a grande massa popular muçulmana leva ao pé da letra essas ordenanças corânicas, e o resultado é tudo isso que estamos vendo.
Maomé ensinou aos seus seguidores que judeus e cristãos deveriam pagar a ‘Jizya’ (uma taxa imposta para que todos os não-muçulmanos pudessem viver segurança' do Islã). Todos eles deveriam se converter à mensagem proclamada por Maomé, caso contrário seriam mortos. Era necessário que pagassem uma quantia estipulada para que pudessem ter seus 'direitos' mantidos pelo profeta e por seus seguidores, que, se encontravam em uma situação favorável e ideal para impor o que desejassem aos 'infiéis' e 'idólatras'.
Devemos entender um pouco o contexto no qual esta revelação fora dada a Maomé. Na ocasião, o 'profeta' havia entrado em acordo com várias tribos árabes, e algumas delas abraçaram sua mensagem, outras, no entanto, simplesmente não a aprovaram. Então, mais uma vez, as coisas mudaram, daí a permissão de 'Alláh' para a perseguição contra os idolatras árabes. Ate então, muitos desses árabes possuíam um relacionamento amigável com os muçulmanos, apesar de não acatarem a mensagem pregada por eles. Mas, devido ao fato de o relacionamento entre os árabes e os muçulmanos não ter redundado em submissão total daqueles a mensagem desses, o acordo fora quebrado e, mais uma vez, vimos, de forma clara, o alto preço pago pela insubmissão e incredulidade: a morte.7
O terrorismo imposto aos apostatas
Alem da opressão e ameaças para os de fora, um outro aspecto histórico e doutrinário bem definido no islamismo eh o preço que se paga pelo abandono da fé muçulmana. Na mensagem de Maomé, eh equivalente à perda total do valor espiritual.
O alcorão traz uma declaração sobre o assunto:
“...Os incrédulos, enquanto podem, não cessarão de vos combater, ate vos fazerem renegar vossa religião; porem, aqueles dentre vos que renegarem a sua fé e morrerem incrédulos desmerecerão suas obras neste mundo e no outro, e serão condenados ao fogo infernal, onde permanecerão eternamente.
“Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus poderão esperar d’Dele a misericórdia, porque eh Indulgente, Misericordiosissimo (Surata 2:217,218).
Embora não vejamos nesse texto do Alcorão nenhuma ordem para assassinar qualquer pessoa que abandone a mensagem do islã, ele, no entanto, nos mostra algo de suma importância para a compreensão da questão relacionada a apostasia entre os muçulmanos. Vemos, de forma clara, que o ‘profeta’ incentiva os fieis a permanecerem no Islã, pois renegá-lo seria equivalente a condenação no inferno, onde ficariam para sempre!
Em um outro livro islâmico, lemos: “Um muçulmano eh considerado um apostata quando nega total e categoricamente um preceito pela religião islâmica, como a pratica da oração, o jejum, a peregrinação, o pagamento do tribuno, a proibição da ingestão de bebidas alcoólicas e a alimentação com carne suína”.
Os jurisprudentes opinam que, se o apostata tiver duvida no tocante à sua conversão, os sábios devem sanar-lhe a duvida, indicando-lhe o caminho da razão e dando-lhe a oportunidade de refletir. Se ele se arrepender, o seu arrependimento deverá ser aceito. Se persistir no erro, porém, devera ser punido, se for homem, com a morte. Os jurisprudentes baseiam sua sentença nas palavras do 'profeta': "Matai aquele que renegar a sua religião".
Em relação à mulher, caso ela venha cometer o mesmo erro, a opinião de alguns . jurisprudentes é de que ela também seja punida com a morte', e se baseiam na generalidade da tradição anterior, cujo significado abrange homens e mulheres. Todavia, o Imame Abu Hanifa não concorda com essa sentença. Ele diz: "A mulher apóstata não dever ser punida com a morte, mas deve ser aprisionada até que se convença de seu erro, ou até que pereça naturalmente...” Contudo, deduzimos que a opinião geral da jurisprudência islâmica aprova a execução do muçulmano apóstata, seja homem ou mulher8.
Esta é a face mais cruel e desumana de uma religião: vetar aos seus membros o direito de renegá-la, sob pena de morte. Trazer uma mensagem de paz e tolerância aos povos, impondo-lhes a sua opinião e fazendo que sua vida tenha pouco valor não tem muito significado ou razão de ser.
Tudo isso nos faz pensar sobre a atitude do próprio Jesus Cristo (que é citado no Alcorão) ao ser traído por um dos discípulos após uma convivência de aproximadamente três anos. Qual foi exatamente a sua resposta ao ato de Judas Iscariotes? Ele mandou que os outros discípulos o matassem por apostasia? Ou simplesmente ofereceu-lhe o perdão, chamando-o de amigo (Mt 26.49-50)?
Segundo o dicionário Aurélio, terrorismo eh: “Modo de coagir, combater ou ameaçar pelo uso sistemático do terror”. O que sinceramente temos visto em todas essas citações de fontes islâmicas desde o inicio?
A passividade do terrorismo no Islã
Após analisarmos, ainda que resumidamente, a historia muçulmana e a origem da violência nas comunidades islâmicas do passado, conduzidas pelo ‘profeta’ Maomé, podemos entender um pouco a questão do terror nos paises que hoje tem sido vitimas dessa ação estúpida e inconseqüente.
Como falamos no inicio, cerca de 50% dos atentados terroristas ocorridos em todo o mundo tem sua origem nos grupos explicitamente islâmicos, o que certamente tem muito a ver com a própria cronologia dessa religião e suas conquistas a base da espada, inspiradas em seu fundador. Os muçulmanos, inclusive, dizem que a referencia do Salmo 45.2-5 eh uma citação ao’profeta’ Mohammad, que afirmam ser o ‘Profeta da Espada’.
Vimos na revista Veja, edição de 08/08/2001, o relato dos crimes cometidos pelo iraniano Saeed Haanayi: assassinou, a sangue frio, cerca de dezesseis prostitutas. Apesar da barbárie cometida por esse fanático, ele tem sido considerado um herói pela próprias autoridades da cidade em que os crimes foram realizados. Na referida revista, Saeed aparece segurando uma arma na mão e o Alcorão na outra.
Em julho de 1991, um muçulmano assassinou Hitoshi Igarachi, um japonês que traduziu o livro “Versos satânicos” no Japão. Um líder islâmico se pronunciou dizendo que aprovava o que havia sido feito, pois Hitoshi insultara a fé.
Estes não são fatos isolados dentro dos paises de governos muçulmanos. A igreja cristã está sendo ferozmente perseguida, na sua maior parte, em nações islâmicas, como podemos constatar na lista editada pela Missão Portas Abertas (ver pp. 24 e 25).
Os muçulmanos não aceitam, de nenhuma forma, uma convivência pacífica com outros grupos que professam fé diferente da deles, e seguem realizando sua Jihad. Isto é, sem dúvida, fruto da visão de expansão da fé muçulmana ensinada, desde os primórdios do islamismo, pelo 'profeta' Maomé.
Qual é a visão do Islã hoje?
"Graças a Deus, senhor do universo e que a paz esteja com o profeta Mohammad e seus familiares e companheiros. A pessoa que se concentra sobre o mundo muçulmano de hoje fica chocado e deprimido... Uma parte dos filhos dos macacos e dos porcos mata nossos irmãos na palestina nas mesquitas! Agridem a imunidade sagrada da mesquita de Al Aksaa em Jerusalém! Não distinguem entre crianças, mulheres ou velhos.
O mundo árabe e islâmico e todo o resto da comunidade internacional esta em absoluto silencio a respeito deste crime. Achamos que eh nosso direito perguntar:
“Qual o fator que fez os muçulmanos ficarem em silencio deste jeito?
“Para responder a esta pergunta eh imprescindível ler a historia, voltar para as nossas origens, e retirar lições e exercícios de civilidade e amor a verdade.
“Nesta historia vamos encontrar varias crises que se abateram sobre os muçulmanos... os muçulmanos em todas as ocasiões venceram seus inimigos... Khaled Iben Al Walid, um dos comandantes do exercito muçulmano na época do profeta, ele dizia para os inimigos: ‘Vim para o combate com homens que amam a morte como vocês amam a vida’.
“Pois a nação Mujahidah, que luta pela causa de Deus não conhece o cansaço, mas se apaixona pelo martírio e defende sua terra e seus locais sagrados.
“O profeta Mohammad (Saw) disse para os seus companheiros e para a nação islâmica: ‘caso vocês deixem o Jiha, a luta, Deus mandara um opressor para vocês ate o dia do juízo final’. O profeta alertou sobre uma doença de nome ‘Wahn’, que significa a fraqueza. O profeta traduziu a palavra ‘Wahn’, da seguinte maneira: ‘O amor pela vida mundana e o ódio a morte’.
“A nação islâmica de hoje gosta da vida mundana e odeia a mote... Esta eh a doença... Meus irmãos muçulmanos, o que podemos esperar da opinião publica internacional?
“O mundo se cala quando morrem crianças palestinas todos os dias...
“Mas o mundo se movimenta quando morre um judeu agressor, que deixou o seu pais na Europa ou América do Sul e foi ocupar terras alheias, a terra palestina...
“O mundo não vai se movimentar para nos apoiar, se nos não apoiarmos uns aos outros.
A nossa alternativa eh o nosso retorno a Deus, a crença sincera em nossos direitos e a luta por estes direitos através de todos os meios disponíveis.
"Esta deve ser a nossa paz e que digam o que quiserem sobre nós... e que (Deus) amaldiçoe os sionistas usurpadores e que com todos vocês".
São essas as partes mais importantes da mensagem pregada em 17108/01 por Khaled Tky El Din Rizk e reproduzidas em várias mesquitas do mundo inteiro ao proclamar o povo muçulmano a lutar pelos seus 'direitos'. Apesar de todo discurso de paz dos muçulmanos que temos ouvido nos meios de comunicação, é exatamente o contrário que temos percebido na prática.
Os judeus são chamados de 'filhos dos macacos e dos porcos', os muçulmanos devem 'amar a morte' e serem 'apaixonados pelo martírio'. São induzidos a alcançar seus direitos através de todos os meios disponíveis. E interpretam o Jihad como uma luta, e não como um 'esforço', como constantemente é pregado pelos professores e intelectuais para suavizar os ouvintes e não causar impactos negativos. O objetivo é alcançar mais seguidores para o islamismo.
A recompensa o terrorismo
Depois de pregação de uma mensagem como essa, divulgada em todo o mundo, da para imaginar o impacto causado na mente dos milhões de muçulmanos que a ouviram?
O que esta por trás do fanático heroísmo demonstrado por verdadeiros batalhões de homens e crianças que se preparam para morrer pela crença islâmica? Que ‘galardão’ lhes esta proposto a ponto de fazerem do próprio corpo um veiculo para a catástrofe de pessoas inocentes?
A tradução da palavra Islã eh resignação ou submissão – a doutrina de Maomé. Espera-se que o Islã ganhe, finalmente, o mundo, então todos serão julgados por Ala. Enquanto o muçulmano deve ser submisso a Ala e ao profeta, através de seus escritos no Alcorão, o mundo deve resignar-se e submeter-se também ao Islã. Os meios podem incluir a força, a violência e a morte. As constituições das nações árabes estão alicerçadas nas crenças do islamismo.
Os muçulmanos com ao morrerem, vão para uma espécie de estágio int diário aguardar o juízo final, ocasião em que Alá decidirá o destino eterno de cada um. Por outro lado, os mártires da luta religiosa, ou guerra santa, e aqueles que morreram pela causa, vão diretamente para o céu, um paraíso de prazeres. A vida, em um paraíso celestial é o ideal islâmico, a recompensa! Diante das dificuldades, limitações e miséria em que vive a maioria, e em especial as facções radicais, o paraíso soa como um oásis em um deserto desesperador.
Existe um contraste entre esta vida e a vida futura, nos jardins de Alá. Enquanto a abstinência social, sexual e material é enfatizada do lado de cá, o oposto é oferecido para os que partem - especial e principalmente para os mártires! Diferente dos demais muçulmanos, que aguardam em um estágio intermediário, o mártir tem passaporte garantido, sem fila de espera! Não ficarão aguardando, em alguma câmara intermediária. Aquilo que se caracterizaria uma vida de luxúria neste mundo será a recompensa para os mártires. O texto sagrado e demais comentários islâmicos transmitem um pomposo conceito de vida pós-morte.
Os mártires são servidos de frutas. Não terão necessidade de plantar ou colher. Tudo já está preparado por jovens formosos. A regalia é infinita, regada de bebidas aromáticas. Os utensílios do paraíso são de pedras e metais preciosos. A infinita calmaria somente é quebrada pela presença incessante de moças virgens. O deleite sexual apresentado é bem diferente do perfil da mulher muçulmana, que precisa cobrir todo o rosto e o corpo. Enquanto a mulher muçulmana, nas facções radicais, não pode estudar ou trabalhar fora de casa, as moças do além são o divertimento celestial. O número de tais beldades pode chegar a cem.
Reposta cristã aos muçulmanos
O ideal cristão é que nos amemos uns aos outros, assim como o Mestre e Senhor Jesus nos amou, doando a sua vida pelo próximo (Jo 13.34), e não tirando a vida de inocentes, usando qualquer meio de violência (Mt 26.52). Esse amor somente é possível porque Deus, o verdadeiro Deus, é amor (lJo 4.8). E o amor de Deus foi de uma grandeza infinita que Ele trouxe seu Filho unigênito ao mundo (Jo 3.16). Esse amor também nos capacita, por meio de Cristo Jesus, que nos da a liberdade de chamar Deus de Pai (Mt 6.9; Rm 8.15). O evangelho produz fruto e não radicalismo e racismo. Produz o verdadeiro fruto pelo Espírito Santo (GI 5.22,23). O verdadeiro Deus não está distante de seu povo, mas habita com o homem (Ef 2.22; Ap 21.3).
O evangelho de Cristo atravessa todas as culturas do mundo sem destruí-las. Não é um evangelho de usos e costumes, mas de fé e vida cristã (Mt 24.14). O evangelho respeita as autoridades governamentais (Rm 13. 1) mesmo aquelas que dificultam a divulgação da Palavra de Deus. O evangelho é pregado com fervor, mas com espírito conciliador e manso (1 Pe 3.15,16). O cristão espera um galardão, mas este galardão não é carnal, imoral; antes, é espiritual, segundo o caráter do Filho de Deus (Rm 8.29).
O verdadeiro paraíso é o céu bíblico e cristão. Não é um lugar de orgia, mas de santidade (Ef 5.5). O cristão tem paz com Deus (Ef 4.7). E o testemunho do Espírito Santo em seu coração testifica que ele é filho de Deus (Rm 8.16). O cristão não tem temor de ser esquecido ou rejeitado por Deus por causa de algum capricho. Não! O Deus v é fiel (1 Co 1.9). O evangelho não é austero. Pelo contrário, ensina ao cristão a usufruir as boas coisas da vida, desde que esteja atento ao bom juízo (Ec 19.11). Finalmente, o evangelho ensina a vencer o mal com o bem (Rm 12.21).
Jesus, o Messias, e aquele que cura os doentes e ressuscita os mortos (ver Surata 3:45 e 5:1 1 0) ama profundamente os muçulmanos. E neste momento em que o mundo nutre ódio por eles o Senhor lhes dirige um olhar de ternura, convidando-os para seus braços: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Quando foi que Maomé proferiu palavras como estas, ditas por Jesus? Assim, jamais ele (Maomé) pode ser maior que Jesus, o Filho amado de Deus.
Satanás tem erguido muitas muralhas para impedir que os muçulmanos abram o coração para o evangelho de Cristo. Barreiras políticas e nacionais foram criadas entre os cristãos e os muçulmanos através da história. Além disso, as Cruzadas Católicas dos séculos 11 e 13 formaram feridas profundas de amargura nos árabes e mancharam o cristianismo na visão dos muçulmanos.
Oremos pela Igreja em todo o mundo, especialmente para a que se encontra em nações muçulmanas.
Oremos para que a Igreja tenha força, coragem, determinação, ousadia e proteção para os crentes.
Oremos pelos perdidos. Muitos muçulmanos estão se aproximando do Senhor por meio de sonhos e visões.
Oremos por uma revelação divina aos líderes-chave dos muçulmanos para que eles vejam Jesus como Ele realmente é.
Oremos por misericórdia para as nações em conflito e pelos refugiados de guerra.
Logo virá o Príncipe da Paz, Jesus Cristo nosso Senhor. Então, o mundo será governado num reino tranqüilo: "Justiça e juízo são a base do seu trono; benignidade e verdade vão adiante de ti" (Si 89.14). E "Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça'(2 Pe3.13).OREMOS PELOS MUÇULMANOS!
Maranata!
Notas:
1 Jihad é o termo árabe que pode ser traduzido por esforço pela causa santa do Islã, inclusive a luta armada, se preciso for.
Mohwmad, o mensageiro de Deus. Certo de divulgação do Islã para América Latina, pp.150,151
2 lbidem, pp. 172,173
3 The life of Mohammad, p.675
4 Book Of The Major, Classes (Vol.ll)- p.32
5 Alcorão Sagrado, versão portuguesa diretamente do árabe por Samir El Hayek, diretor, do Centro lslâmico do Brasil e coordenador dos assuntos lslamicos da América Latina, Tangará-Expansão Editorial S. A, 2a. edição 1977
6 The life of Mahammad, p.673
7 Os direitos humanos no Islã. Centro de divulgação do Islã para a América Latina, pp.25 e 26
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